18 de maio de 2009

Comunicação em mídias interativas - por Alceu Cruz

Todos os anos trabalho na construção do site da empresa onde trabalho, montagem dos textos, imagens, vídeos, etc., tenho também o meu site particular que atualizo constantemente. Como especialista em Marketing e profissional da área devo considerar alguns aspectos;
  • Quando um visitante entra em um site pela primeira vez, certamente está buscando por uma informação específica. Se encontra um site rápido, com facilidade de uso, serviços úteis, informações objetivas e sem erros, sua experiência é agradável e a tendência é que retorne. Mas o fato do site ter sido capaz de gerar uma segunda vista não é garantia da fidelidade do visitante.
  • O conteúdo e os serviços úteis devem ser constantemente atualizados sem serem exaustivos. A objetividade deve ser uma constante. Deve-se utilizar textos curtos sem sacrificar a profundidade do conteúdo. Novidades são sempre esperadas e devem ser destacadas.
  • O site deve ser rápido independentemente do tipo de conexão utilizada pelo usuário. O tempo médio de acesso às páginas deve ser mínimo, de forma a implementar o conceito de acessibilidade. Páginas que demoram para carregar podem ser abandonadas antes de exibidas.
  • O visual não pode ser exagerado e as tecnologias utilizadas devem ser compatíveis com a maioria dos computadores dos usuários, o que significa que deve-se evitar utilizar tecnologias muito recentes e ainda pouco difundidas. É famosa a afirmação de Jacob Nielsen, guru da usabilidade na Internet: “Nunca usar na construção de uma web uma tecnologia que tenha menos de dois anos e três versões”. Deve-se evitar a utilização de tecnologias novas, pois a maior parte dos usuários ainda não as possui e o site certamente não irá funcionar adequadamente. Nada disso invalida a utilização de recursos multimídia, mas esses devem ser utilizados com moderação, sobrepondo a usabilidade ao design e garantindo que não haverá perda de performance. Efeitos avançados, em lugares adequados, podem ser argumentos a favor se utilizados com harmonia, caso contrário, podem espantar de vez os visitantes.

A definição da estrutura lógica de navegação de um site é fundamental para seu sucesso. A organização da informação deve ser tal que o usuário jamais se perca e encontre rapidamente o que procura. As funcionalidades oferecidas devem ser disponibilizadas hierarquicamente. A largura (número de opções por nível) e a profundidade (número de níveis) da hierarquia deve ser tal que não ofereça opções demais nem faça com que os usuários cliquem um número excessivo de vezes para chegar à informação desejada.

Se os usuários tiverem que navegar por mais de 4 níveis para encontrar o que desejam, podem simplesmente desistir do site. O ideal é que o visitante encontre o que procura em, no máximo, 3 clicks. Como a redação de um site não é linear, não podemos pensar linearmente ao definir a arquitetura da informação. A qualquer momento da navegação, o usuário deve poder saber onde está e como ir e voltar para onde quiser. Um site deve proporcionar acesso direto a todas as seções de forma clara, estruturada e objetiva. Ao projetar a arquitetura da informação, deve-se prever possíveis crescimentos e alterações. Se o site mudar muito, o usuário se desorienta e perde a familiaridade, podendo abandoná-lo. Mas se não mudar, ele se cansa.

Novidades devem ser uma constante sem causar desconforto ou confusão. As mudanças no design não podem ser bruscas e devem manter a identidade do site. O segredo do sucesso do site é a satisfação do usuário, que deve perceber sua integração, harmonia e utilidade. Para ficar de olho nos recursos e tendências do momento, procure visitar os sites na Internet e aprenda observando os melhores.

14 de maio de 2009

Entrevista: Sara Holoubek, especialista em search marketing


Vender fica mais fácil quando o cliente conta o que procura

Se é na internet que o consumidor faz sua pesquisa sobre determinado produto ou serviço, quem quer vender precisa estar presente na rede mundial de computadores, certo? Certo, mas não suficiente. Melhor é estar entre as respostas para quem procura algo via web e, de preferência, no topo da lista. Os caminhos para fazer isso estão nas ferramentas de search marketing – um trabalho que vem evoluindo e ganhando espaço no Brasil.
Em linhas gerais, o search markerting funciona em duas frentes: através de links patrocinados e da construção de conteúdos nos sites de forma que eles sejam encontrados com prioridade pelos buscadores (como Google e Yahoo, por exemplo). “O cliente quer uma solução e vai te dizer, neste sites, exatamente o que procura”, diz a especialista norte-americana Sara Holoubek.Sara compõe a mesa diretora da maior associação de search marketing do mundo, a Sempo, e foi responsável pela recente reestruturação da agência americana iCrossing, considerada a segunda maior do mundo no segmento. Em dezembro, ela esteve em Curitiba para participar de uma palestra para clientes e funcionários da i-Cherry, um das maiores agências brasileiras especializadas no assunto.
Em entrevista exclusiva para a Gazeta do Povo, ela diz que o search marketing pode ser utilizado por empresas de todos os portes e segmentos, e das mudanças pela quais deve passar a internet.
Por que o search marketing é importante para uma empresa?
É importante porque você não tem que vender, é o cliente que está perguntando. É ele que quer uma solução e vai te dizer exatamente o que ele quer. É um meio eficiente de conseguir o consumidor.
E ele funciona para empresas de qualquer segmento?
Com certeza. Existem diferenças entre o search marketing para um comércio e uma indústria de máquinas. É diferente vender máquinas ou pastas de dente. Mas as táticas são iguais: você tem que fazer pesquisa sobre a linguagem que o consumidor utiliza, para saber o que ele ou ela quer.
Essa linguagem serve para as estratégias tanto para quando o consumidor está on-line quanto off-line, certo?
Isso! Porque o cliente, durante o dia inteiro, vê muita publicidade, mas não pensa que está vendo um anúncio ou uma propaganda. Faz parte da vida dele. Ele vê algo interessante na televisão na sexta-feira à noite sobre celular e, no dia seguinte, decide que quer trocar de aparelho. Possivelmente ele não lembra diretamente da propaganda, mas faz o quê? Vai ao Google ou ao Yahoo e faz pesquisa utilizando uma palavra-chave. Isso é o search marketing.
Como você avalia o mercado brasileiro de search marketing?
Posso dizer é que o talento brasileiro que trabalha em search marketing é mais avançado que o americano quando ele tinha o mesmo tamanho, no início. Porque os brasileiros podem ler os mesmos blogs, os mesmos jornais que nós americanos, e estão aprendendo com os erros que já cometemos. Além disso, o volume de recursos que as empresas estão investindo em internet é pequeno ainda, mas vai crescer. Porque a economia brasileira funciona muito bem. Aliás, neste momento, melhor que a americana. Vocês têm recursos naturais, estão investindo em infraestrutura e têm bancos sem os problemas que as instituições financeiras americanas têm. E há muita gente de fora que quer investir no país. Acho que o mercado vai crescer como um todo – a classe média em especial. E é ela que faz o Google trabalhar. Não são os ricos, ou os pobres, mas a classe média, que agora tem dinheiro disponível para gastar em um carro, para tirar férias.
Você acredita que o segmento de search marketing vai ser menos afetado pela crise, ou está imune a ela?
Não vai ser tão afetado porque ele funciona e você pode mensurar os resultados. É eficaz. Se você é uma empresa que tem que sobreviver, você não vai abandonar todo o investimento em publicidade. Então, vai ter que escolher. E pode gastar em algo que tenha resultados mensuráveis.
Que mudanças você vê para a internet nos próximos anos?
Acho que uma das grandes mudanças está ligada ao celular. Ele é importante porque sempre está com você e está o tempo todo conectado. E agora, com as tecnologias de geolocalização, os marqueteiros vão saber onde você está e podem fazer ofertas no contexto. Outro exemplo: o Google acaba de lançar uma “voice search”. Em vez de teclar, se você tem um iPhone pode simplesmente dizer o que procura. Se eu quero ver um filme, eu posso simplesmente falar “filme”, e o iPhone sabe onde eu estou e que horas são, e vai me passar as opções que estão passando agora em Curitiba, no Centro. É incrível! Isso é interessante porque não estamos mais tão conectados ao computador, e sim à tecnologia móvel.

11 de maio de 2009

Excelência - por Alceu Cruz

Definição: Excelência (do latim excellentia) é o estado ou qualidade de excelente. É a superioridade ou o estado de ser bom no mais alto grau. A excelência é considerada como um valor por muitas organizações, em particular por escolas e outras instituições de ensino, e um objetivo a ser perseguido. (Ref. Wikipédia)

A sua carreira merece que você dê o seu melhor. Nada menos do que isso. Para crescer é preciso manter um nível alto de desempenho, o que não significa a mesma coisa que uma carga horária cheia de horas extras. A questão é sempre pensar em cada trabalho de uma forma especial. Em que pode ser melhorado? Existe alguma maneira de fazer mais rápido ou mais barato? Acostumar a ter uma postura de excelência, fazendo com que isso se incorpore ao seu estilo. Seja excelente, hoje e sempre, e torne isso um hábito. Veja as sugestões abaixo para ajudá-lo a ser melhor naquilo que você faz.
  • Transforme seu trabalho em uma grande diversão. Nossa performance é melhor quando nos divertimos naquilo que fazemos. A rotina é algo que inibe a criatividade, então temos de criar uma rotina diferente. Use o bom-humor e de tempos em tempos pense em criar desafios novos. Não precisa esperar uma ordem do seu chefe, seja pró-ativo, alto-astral e busque novas maneiras de executar aquela tarefa. Como um jogo, crie estímulos para melhorar a qualidade de seu trabalho.
  • Acredite na força da equipe. Delegue mais e demonstre confiança na pessoa que recebeu determinada tarefa. Acompanhe o trabalho de perto e esteja sempre de portas abertas para receber sugestões. Faça com que todos se sintam úteis no trabalho, verdadeiros membros de uma equipe. Respeite a individualidade e procure conhecer e destacar os pontos fortes de cada pessoa. Hierarquia existe desde que o mundo é mundo, mas cada um de acordo com seu potencial pode fazer a diferença no conjunto.
  • Ouça mais. Pessoas com alto desempenho nem sempre são falantes, mas sim bons ouvintes. Prestam atenção nos detalhes e valorizam seu interlocutor. Não interrompa as pessoas e não as faça perder a linha de raciocínio. Desligar o telefone celular e manter uma postura voltada para a pessoa, além de educado, valoriza o emissor e o motiva a sempre disponibilizar mais informações, pelo simples fato de se sentir ouvido. Seja generoso e ouça com atenção.
  • Não tenha medo de aparecer. A conquista de resultados excelentes vai aumentar a sua evidência na empresa. Você tende a participar de mais reuniões, encontros sociais e mesmo ser chamado para resolver problemas de outros setores. Na hora da ascensão cuide um pouco mais da sua postura e imagem. Adote um estilo de comunicação que tenha a ver com você e aprimore a sua forma de repassar os assuntos e conteúdos em reuniões e palestras. Não tenha receio de aparições em público, pois quanto mais se cresce na carreira, mais pessoas querem conhecer os seus métodos e táticas. Não invente moda, seja humilde e não queira mudar o seu estilo, descaracterizando sua personalidade e imagem.
  • Mantenha o nível de desempenho. É muito difícil manter sempre um alto desempenho, ser sempre o melhor, por isso não tenha essa preocupação, pois ela só vai lhe gerar ansiedade. Determine padrões de excelência individualmente e em conjunto com a equipe e foque os resultados. É ilusão pensar em ser sempre o melhor, querer ganhar todas ou ser sempre o promovido. Excelência significa fazer algo melhor do que antes, de uma forma que o maior interessado, seja cliente ou seu chefe, perceba. Mas nem sempre isso será possível. O objetivo é conseguir no geral sempre fazer melhor do que a média, elevando os padrões e tornando fácil o que antes parecia difícil.
  • Trabalhe de forma inteligente. Use a criatividade e sempre pergunte em cada situação o que pode melhorar ou se vai agregar algum valor da forma que está sendo feito. Faça bom uso da tecnologia e principalmente do tempo que se dispõe. Aproveite o conhecimento disponível e quando precisar peça ajuda e busque parcerias. Seja ousado na hora certa, não adie o que pode ser feito e não deixe pequenos conflitos se transformarem em grandes questões emocionais. Resolva-os de forma rápida e direta, evitando tempestade em copo d'água.

Crie uma cultura voltada para a excelência em sua empresa ou no seu setor. Seja um entusiasta dessa idéia e seu melhor exemplo. Uma vez que temos que fazer, nada melhor do que fazer bem-feito.

7 de maio de 2009

O que fazer para repensar o marketing?

Em sua apresentação no ExpoManagement 2008, Philip Kotler acentuou alguns pontos de suma importância para um novo marketing:
  • Reavalie o seu mix de comunicação. Novas mídias estão em evidência, como webcasts, podcasts, videocasts, blogs corporativos e marketing móvel, e tendem a ter um uso mais amplo. O importante é criar movimento, burburinho, fazer as informações circularem e, também, estar atento ao feedback dos consumidores, que podem surgir em vários locais ou canais.
  • Amplie o uso de técnicas de pesquisa. É fundamental entender melhor o mercado e os clientes. Novas técnicas de pesquisa têm contribuído bastante nesse sentido, como estudos etnográficos, análises de atitudes e comportamentos de clientes nas lojas, pesquisas quantitativas e discussão com grupos de consumidores, além da metodogia zmet, que permite captar insights e sinais do inconsciente dos consumidores.
  • Faça uso de novas tecnologias de marketing. A utilização de análises preditivas em marketing direto, as métricas para monitorar e medir resultados, a automação de vendas e os painéis de marketing podem ajudar muito no planejamento de lançamento ou de reforço, ou na modelação da demanda.
  • Estimule a sinergia entre as equipes e reorganize as operações. A procura de soluções integradas contribui para uma atuação mais alinhada e produtiva das áreas de marketing, vendas e desenvolvimento de produtos.
  • Aprimore sua abordagem de vendas. Conhecer mais a fundo os clientes e os consumidores em potencial, reforçar os benefícios e o valor agregado dos produtos e serviços (em detrimento das características) e ter abordagens e processos documentados facilitam na abordagem para a realização de vendas.
Como premissa para um bom trabalho de marketing, Kotler lembra que é crucial estar atento ao que acontece: “Observar as coisas e as pessoas é importantíssimo. Acompanhar as mudanças no contexto dos negócios e obter insights dos consumidores podem nos apoiar muito no desenvolvimento de novos produtos e serviços e no alcance de novos níveis de crescimento”.
Fonte: Portal HSM On-line12/11/2008

4 de maio de 2009

Olimpo - por Alceu Cruz

Depois de alguns meses de ausência absoluta no blog, de experiência vividas e muitos, muitos "Olimpos" conquistados. Volto com ousadia doce e voluntariamente inspirado para escrever sobre Marketing, Vendas, Eventos e outros assuntos relacionados.
Inicialmente gostaria de definir Olimpo: além de ser o nome de várias montanhas na Grécia, representava para os gregos o mesmo que o céu representa para os cristãos. O Olimpo não é uma forma de recompensa ou gratificação para os mortos. É um lugar onde os deuses tem o direito de viver devido ao que eles representam e são, ou por conseguirem sua imortalidade através de alguma conquista ou feito realizado em alguma dimensão inimaginável por nós humanos. Em outras palavras, o Olimpo representa um estado de espírito e mental equilibrado, que só dá para ser alcançado pela humanidade se ela superar as instabilidades que são naturais da condição humana.
Ual, que definição perigosa. Pois para alcançar tais feitos é requerido muita dedicação e vontade de vencer! Vou contar uma experiência que aconteceu comigo este ano. Depois de tantas dificuldades enfrentadas pela crise que assola o mundo desde o final de 2008, a empresa onde trabalho começou a render frutos novamente, voltando a gerar lucro e vender mais. Com as coisas mais calmas aproveitei para tirar 15 dias de férias e na segunda semana decidi subir uma montanha, algo que nunca tinha realizado antes. Completamente inexperiente porém com muita vontade, pesquisei sobre as Montanhas do Marumbi e decidi que seria lá. Quando estava em Morretes - PR procurei conversar com o pessoal do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) para saber das condições e dificuldades da subida. Tendo maiores informações procurei uma pousada próxima, pois queria estar preparado para as horas "intensas" que viveria no dia seguinte. Deixei o carro no estacionamento próximo da base e caminhei durante 50 min até a estação do Marumbi (ponto inicial com destino ao cume). Fiz meu cadastro e respondendo a tantas perguntas é que comecei a perceber que a tarefa não seria fácil. Escolhi seguir a trilha frontal (branca - pesada) e fui em frente. Tudo muito fácil a princípio, minha disposição fazia parecer uma caminhada tranquila, depois de 2 horas recebi meu primeiro prêmio e para minha surpresa encontrei com exclusividade Waldemar Niclevicz em um de seus treinamentos. Perguntei como estava o restante do trajeto, conversamos um pouco e continuei minha subida. Depois de 2:45 hr, exausto pela subida e me perguntando, - Será que vou conseguir? - Será, Será, Serásssss, comecei a fraquejar. Busquei forças, levantei a cabeça e continuei. Cheguei num paredão de uns 25m, o clima não estava ajudando, muita serração e garoa leve, ou seja, tudo estava muito molhado! Criei forças e fui. Exatamente ao meio dia de sábado, depois de 3:30 hr de subida. Alcancei o cume, Olimpo! Exausto, completamente sem forças, início de câimbras nas duas pernas ... mas uma sensação indescritível de vitória, conquista e êxito! Venci não somente uma subida íngreme, mas todas as minhas fraquezas. E agora, tenho que descer, rs. Começou a chover e a descida se tornou muito perigosa ... 2:40 hr cheguei na estação Marumbi. Cansado, molhado, sujo, com dores imensas, porém realizado! Que dia feliz, eram 15:30 hrs quando cheguei no estacionamento onde estava meu carro, minhas forças tinham retornado, estava com sorriso nas orelhas ... preciso contar a minha família, amigos ... mas somente quem faz é que sente o que é chegar no "Olimpo". A vitória não vem sem sacrifício, mas como é gostoso saboreá-la no final.