Muito boa! Interessante ... demais!
Nestes últimos dias estive afastado do computador. Longe do Google, Twitter ou qualquer informação da web. E, ao contrário do que eu poderia imaginar, este “turn off” fez um bem danado pra minha cabeça planejators. Desde segunda-feira, cruzei a cidade de São Paulo para visitar famílias da classe C, em parceria com o @leolippel, planner que também está dando seus primeiros passos na carreira lá na NBS.
Nestes últimos dias estive afastado do computador. Longe do Google, Twitter ou qualquer informação da web. E, ao contrário do que eu poderia imaginar, este “turn off” fez um bem danado pra minha cabeça planejators. Desde segunda-feira, cruzei a cidade de São Paulo para visitar famílias da classe C, em parceria com o @leolippel, planner que também está dando seus primeiros passos na carreira lá na NBS.
Antes de fazer estas visitas, tinha pesquisado tudo que podia pela internet e realmente achei que estava por dentro desta nova classe média.
Mas percebi que a web estava muito longe de me contar pra valer quem eram estas pessoas a hora que uma das entrevistadas, com uma condição social visivelmente hard core e cinco filhos pequenos em casa, nos serviu os salgadinhos que havia comprado só para nos receber.
Quando você cruza um terreno que abriga até três famílias, entra em uma casa com apenas quarto e cozinha e lá dentro vê computador, televisão tela plana, DVD, celular e grandes marcas à vista, aí sim (fomos surpreendidos novamente), você percebe que o mundo real existe e é muito mais brilhante que a foto na tela fria do computador.
Foi então que, por mais básico que seja, (uai, mas coluna é pra isso mesmo!), me toquei de uma coisa importante: no dia a dia, vamos atrofiando as pernas e se prendendo mais ao que o computador mostra do que o que as pessoas dizem.
A pesquisa na rua, a conversa com a vizinha, o tempo na estação de trem traz informações que vão muito além dos números do último relatório Nielsen.
Esses mergulhos no “mundo real” trazem sensações e experiências que nos ajudam a criar um ponto de vista próprio e não somente repetir o que alguém disse em um endereço HTTP qualquer.
Isso é o mesmo acontece com uma viagem, por exemplo. A internet tem todas as informações sobre o parque da Disney (preços, passagens, dicas, filmes, fotos, etc.), mas só quem um dia esteve cara a cara com o Castelo da Cinderela pode contar com sobre a experiência de visita à casa do Mickey.
E uma das tarefas do planejador não é viajar na viagem do cliente? Então!
Depois das pernas e o corpo cansado, mas com a cabeça vibrando, me toquei que fazer planejamento apenas com a web é como transar com camisinha: é correto, mas não é o mais gostoso!
Então, a partir de hoje, quero planejar mais sem camisinha da web…
1. Saindo mais pra rua com o olhar do cliente (não que você ande de ônibus ou vá ao supermercado, mas sair na rua com um propósito é totalmente diferente);
2. Conversando mais com pessoas reais do que caçando scrap de Orkut (alguém da agência sempre tem uma amiga de um vizinho que pode ser o target do seu job);
3. Não se preocupando em apresentar um resultado que seja fidedigno ao universo da amostra (afinal isso é papo de instituto de pesquisa)
4. Usando mais com aquilo uns chamam de coração, outros sexto-sentido e os planners de gut feelings;
5. Pensando mais em formas mais criativas de retratar a realidade (com livrinhos de anotações, cameras fotográficas, lápis de cor, clientes ocultos ou qualquer outra coisa diferente);
E aí? Você tem alguma dica ou experiência pra tornar nosso dia a dia mais interessante? Conta pra gente!
http://www.chmkt.com.br/2010/07/planejamento-sem-camisinha.html
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