26 de agosto de 2010

Pesquisa não mente. Mentiroso é quem pesquisa

Ninguém move uma palha sem pesquisa. Também pudera, somos tão inseguros! E é para o que servem todas elas: birutas, balizadores, muletas ou escudos, dependendo da nudez das certezas.
Existem as pesquisas para inspirar e as pesquisas para confirmar (ou negar). Não se deve confundir as duas, senão incorremos no erro clássico e crônico: paralisia criativa, perpétua repetição de fórmulas, monotonia.
Pesquisas qualitativas, quaisquer que sejam as técnicas, são da primeira categoria. São frustrantes para quem nelas procura ideias prontas. Qualitativas são trampolins, pontos de partida e perigosíssimas para quem nelas acredita. Qualitativas são tiroteio, experimentos. Toda pesquisa qualitativa é mentirosa na sua essência, porque só da mentira, da ficção e do sonho nascem as ideias. Essas pesquisas são projetivas, é para isso que foram inventadas, nunca para investigar o passado.
Já as pesquisas quantitativas, todas as metodologias confundidas, são confirmadoras. Confirmam ou refutam uma suspeita inserida na pergunta. Elas são estatísticas,  portanto, exatas. Sempre serão inúteis para quem busca tatear no devir. Elas servem para dizer que “foi assim”, não servem para dizer “assim será”. Não se deve acreditar em tendência de pesquisa quantitativa. Pesquisa quantitativa é investigação histórica, é para isso que existe, para documentar, não para projetar.
E o problema, o problema é o erro de diagnóstico que confunde os propósitos. É achar que se quer inspiração quando se quer confirmação. Ou que se quer confirmação quando se quer inspiração. Dá no que dá.
Quando a pesquisa qualitativa explica o que aconteceu, quando a pesquisa quantitativa sinaliza para onde ir, andamos para trás ou não saímos do lugar.

por Fernand Alphen

20 de agosto de 2010

Estratégias em redes sociais (?)

Gostei demais do texto de Conrado Adolpho (Autor do livro "Google Marketing") explicando as diferenças entre as redes sociais e as mídias sociais. Pelo fato de ser um assunto relativamente novo, os conceitos ainda estão sendo alicerçados. Boa leitura!

Outro dia li um e-mail de um amigo que dizia finalmente ter conseguido implantar na empresa dele uma estratégia de redes sociais: criou perfis em mais de 20 redes sociais diferentes, como Twitter, Orkut, YouTube e Facebook.
Uma boa iniciativa, porem, com alguns pontos a serem discutidos.
O primeiro ponto é que não devemos confundir mídias sociais com redes sociais. O Twitter é uma mídia social, o YouTube é uma mídia social. O Orkut e o Facebook são redes sociais.
É uma confusão frequente dado a terminologia que é muito nova ainda. Estamos criando teoria sobre a questão, mas é bom estar atento.
O segundo ponto de conflito na frase de meu amigo é com relação à quantidade de perfis criados. Você já visitou o perfil da Tecnisa no MeAdiciona? Percebeu que a Tecnisa, uma das maiores construtoras do pais, com ação na bolsa de valores etc. só tem perfis criados em pouco mais de meia dúzia de mídias sociais?
Quando for criar perfis em redes sociais, prefira aquelas que em sintonia com seu público-alvo. De nada adiante você vender bolsas femininas e ter um perfil na www.kigol.com.br. A rede voltada para amantes do futebol não tem aderência ao seu mercado. Porém, ter um perfil bem trabalhado na ByMK faz todo o sentido.
Outro ponto é que as pessoas ainda jogam segundo as regras da velha economia. O nome do jogo atualmente não é mais “vendas”, é “relacionamento”.
A sua empresa deve criar uma linha de relacionamento com seu mercado – quanto mais longa essa linha, ou seja, quanto mais longevo for o relacionamento, mais a empresa ganha. É o que o marketing 1-to-1 ou os preceitos de CRM pregavam na década passada e que ganharam um anabolizante virtual com o advento da rede.
Mais do que o ciclo de vida de produto, passe a considerar o ciclo de vida do cliente.
Criar relacionamento não é ter perfis abandonados em dezenas de redes sociais, é interagir com cada post, com cada resposta de um usuário, é se tornar presente na vida do consumidor, não na rede social.
A rede é só uma ferramenta, o objetivo é ganhar seguidores, fãs, membros ou “amigos” para geração de negócios. Não preciso dizer que para gerar negócios, não adianta abandonar o consumidor depois que você deixa o seu cartão com ele. É preciso relacionamento com ele.
O terceiro ponto que gostaria de ressaltar é confundir estratégia com tática e tática com operação.
Estratégia é o caminho que está tomando. Pode ser, por exemplo, “vender para grandes clientes para que tenhamos uma marca forte para o mercado internacional”ou então, “ser líder em custos no nosso segmento”, ou ainda, “ter a maior rede de contatos dentre todos os nossos concorrentes”.
Essas são estratégias. Elas direcionam o seu negocio.
A tática são oportunidades ou ameaças momentâneas que provocam manobras rápidas para, por exemplo, ocupar um espaço deixado por seu concorrente ou para blindar um mercado ameaçado por um novo entrante.
A tática não é a estratégia. É preciso diferenciar uma da outra para que você possa saber qual o período de duração médio de cada ação de sua empresa.
A operação é o “quem”, “quando”, “onde” etc. É o famoso “colocar a mão na massa”.
Criar perfis em 20 redes sociais não é estratégia, é operação, no máximo, tática.
Antes de tomar decisões dessa natureza, é bom fazer algumas perguntas para a sua agência ou direção da empresa: Quais os movimentos pelos quais passam os nossos consumidores? O que provocou isso?  Quem são nossos consumidores? Em que mídias sociais eles se encontram? Dentre várias outras.
Não se deve criar um perfil em uma rede só porque o concorrente tem um lá. O planejamento de marketing digital deve ser feito de modo a incluir a criação de perfis em uma estratégia maior em que todas as ações conversem entre si.
Ações isoladas, seja em redes sociais, seja em e-mail marketing ou em SEO não surtem os efeitos que as empresas desejam. Integração e correto entendimento do que está sendo feito são fundamentais para o sucesso da sua estratégia.
por Conrado Adolpho 
http://www.conrado.com.br/blog/8-pes-do-marketing-digital/estrategias-em-redes-sociais/ 

19 de agosto de 2010

Qual é sua história?

Esses dias eu estava vendo essa apresentação sobre Social Media e um slide me chamou muita atenção. Era um tweet onde @xHollyo dizia: Social media is about getting others to tell our stories for us. Na primeira leitura parece um pouco complicado, mas numa interpretação da tradução do Google, seria algo como: Social media é fazer com que os outros contem nossas histórias pra gente.


Até poucos anos atrás não existia uma forma de interação com os meios, éramos passivos e espectadores. Em tempos da publicidade de engajamento, as marcas passaram a dar possibilidades e incentivar a interação dos usuários. Com o grande crescimento dos sites de redes sociais, em especial Facebook, as marcas passaram a criar os ambientes e os incentivos de interação entre os usuários e os amigos dos usuários. Seja através de games, promoções ou propósitos sustentáveis.

Hoje temos o grande desafio da atenção e estamos vivendo uma verdadeira revolução na forma com que consumimos e compartilhamos informação, é inegável que a experiência está mudando. A única coisa que não muda são as pessoas e suas motivações. Sempre consumiremos conteúdos relacionados ao nosso entorno, sobre nós mesmos e nossos interesses, sobre as histórias parecidas com as nossas e sobre o que nossos amigos pensam sobre nossas histórias.


por Beto Bina - planner da Gringo 
http://www.chmkt.com.br/2010/08/qual-e-sua-historia.html 

11 de agosto de 2010

Mapa Mundi das Mídias Sociais

6 de agosto de 2010

Apple lançará iPad menor e iPhone 5 até janeiro, diz site

O site iLounge, especializado nos gadgets da Apple, diz que até janeiro de 2011, a empresa de Steve Jobs deve lançar a quinta geração do iPhone. Segundo Jeremy Horwitz, editor do veículo, a antecipação da estreia da nova versão do smartphone, que ocorre anualmente entre os meses de junho e julho, ocorreria por causa dos problemas relacionados à antena do iPhone 4. A informação foi passada por uma fonte confiável, embora o próprio Horwitz considere a história "difícil de se acreditar".
O iPad, aliás, é outro assunto que teve informações vazadas, segundo o iLounge. O aparelho, que na edição tradicional tem 9,7 polegadas, deve ganhar uma versão de 7 polegadas até o fim deste ano ou no início de 2011. Um produto com esse tamanho de tela já estaria sendo planejado há muito tempo, possivelmente antes até do iPhone original, segundo Horwitz.


A fonte secreta do editor repassou ainda informações sobre as próximas gerações do iPod, que deve ter três versões lançadas até setembro, e até sobre as famosas capinhas de silicone para iPhone 4, que a Apple está distribuindo gratuitamente para os clientes para evitar problemas com a antena. As informações completas podem ser conferidas no iLounge.

3 de agosto de 2010

Boa propaganda vende mais caro

Gosto muito dos textos do Fernand Alphen! Este nos mostra claramente como funciona o comportamento do consumidor ao ser comunicado sobre determinado produto/serviço. Agregar valor ao produto e a comunicação vale muito, muito mais ... vamos ao texto;

Flagrante 1:

- Maria, a partir de hoje, eu gostaria que você comprasse o produto X, por favor.
- X?!
- É. Eu estou trabalhando para essa marca, entende?
- Han-han.
- Por quê? Você não gosta?
- É que não é tão bom quanto o Y.
- Não?
- É economia é?
- Não, não, X não é mais barato.
- Han-han…mas se o Senhor está querendo fazer economia…não fale depois que não avisei, visse?

Flagrante 2:

- Quanto custa a foto para esse anúncio?
- Custa R$ X.
- R$ X? Tudo isso?
- Han-han.
- Mas é uma fortuna!
- Han-han
- Preciso vender muito para pagar esses luxos, nossa!
- Han-han…se o Senhor fizesse mais “luxo”, “precisaria” vender menos, mas venderia mais.

Em bom marquetinês, essas anedotas poderiam resumir a máxima “posicionamentos de marca e boa propaganda constroem valor”.

Propaganda vende. Todas as propagandas vendem. Até as ruins.
A boa propaganda que constrói posicionamentos de marca duradouros, vende mais caro.

E se vende mais caro, tem que custar mais caro. Simples assim.


por Fernand Alphen - www.alphen.com

... ou seja, se o produto pode custar mais caro por ser "bem" comunicado, significa que conseguimos encantar o consumidor. A pergunta é: Como? 
Criar valor para marca e produto é fundamental para que haja fidelização.
PARA REFLEXÃO: Como encantar o consumidor? Como Criar valor para Marca?

Vários livros de Marketing e de Comunicação nos revelam "como se fosse uma receita de bolo" a seguir passos para criação de valor para marca ou produto, nos informam quais ferramentas de marketing utilizar, descrevem sobre o crescimento de mercado e nos lembram de como somos bombardeados pela comunicação de produtos e marcas todos os dias. Saber sobre tudo isso resolve a questão? Acredito que conhecer as ferramentas e estar atualizado é básico para conseguir conquistar seus objetivos. Porém, criar valor para sua marca e para seu produto requer experiência (no sentido amplo da palavra), "feeling", conhecer "de perto" seu consumidor e "participar" da construção de imagem da marca. Sentir ... !

... podemos debater por muito tempo sobre estes assuntos, trocar idéias e criar soluções. O segredo está no consumidor. Encontre, converse e conheça. 

by Alceu Cruz