Googlephone: 'Nexus One', novo iPhone ou apenas marketing viciante?
A internet estorou com notícias dando conta de que o Google está prestes a lançar o seu próprio telemóvel chamado ‘Nexus One’. Ele será fabricado pela HTC Corp, correrá na plataforma Android 2.1, estará disponível na rede GSM, será vendido a partir de Janeiro próximo em duas modalidades: diretamente pelo Google através da internet e por contrato na operadora T-Mobile.
A internet estorou com notícias dando conta de que o Google está prestes a lançar o seu próprio telemóvel chamado ‘Nexus One’. Ele será fabricado pela HTC Corp, correrá na plataforma Android 2.1, estará disponível na rede GSM, será vendido a partir de Janeiro próximo em duas modalidades: diretamente pelo Google através da internet e por contrato na operadora T-Mobile.
Este história começou com a persistência da TechCrunch a afirmar que existia um Googlephone há algumas semanas atrás, mas foi durante o final da semana que tweets de funcionários do Google tornaram os rumores em potenciais realidades. Um tweet dizia por exemplo:
“Um amigo meu do Google mostrou-me o novo telemóvel Android 2.1 da HTC a sair em Janeiro. Uma monstro sexy. É como um iPhone turbinado.”
Desde aí, a história ganhou impulso. Citando pessoas próximas ao assunto, o jornal ‘Wall Street Journal’ confirmou as informações avançadas acima.
Existem até fotos do telemóvel. Ele se assemelha ao Passion da HTC, que desapareceu há algum tempo.
Tudo que o Google tinha a dizer sobre isso foi que estava realizando um processo conhecido como ‘dogfooding’, processo que consiste na testagem de novos produtos pelos funcionários da companhia, antes destes chegarem ao mercado. O HTC disse ainda menos.
Então, assumindo que tudo que foi dito acima é verdadeiro, pergunta-se:
Se este telemóvel fosse realmente tão arrasador, será queo Google haveria de distribuí-lo de ânimo leve aos seus funcionários durante uma festa, sem forçá-los a mantêr silêncio, ou pelo menos ‘trancar’ temporiamente as suas contas do Twitter? Será que a companhia estaria realizando testes internamente há apenas algumas semanas antes do lançamento ao público? E como é que o Google, que até agora apenas figurou no mercado de software, haveria de abruptamente entrar no mercado hardware em uma questão de semanas, numa altura que a maioria dos seus funcionários está de férias de Natal e Fim do Ano?
O colonista Sascha Segan do PC Mag parece ser o único blogueiro que não está a se deixar levar pela mania do Googlephone. Ele escreveu:
“A ideia em torno o ‘Nexus One’ que deixou toda web em alvoroço se preendeu com a possibilidade do Google vender o seu telemóvel diretamente aos consumidores. O Googlephone seria magicamente compatível com as operadoras, entretanto sem ser influenciado por elas. “
“Este frenesim, na verdade, vem do despero que os americanos (é apenas com os americanos, o resto do mundo não tem esse problema) de ver o iPhone em uma operadora diferente da AT&T (operadora exclusiva do iPhone nos EUA).”
Segan acrescentou que, mesmo se o Google estivesse planejando entrar no mercado de telemóveis, isso não seria algo completamente revolucionário. Tudo que isso haveria de significar é que o Google está distribuindo um smartphone desbloqueado nos EUA, como a Nokia fez, e a Apple fez na Europa.
Desbloqueado significa não subsidiado, e isso significa caro. Cada iPhone é estimado que custe na AT&T entre $500 e $600, e as pessoas compram bem. Você só poderá ser um grande fã de Android com muito dinheiro para gastar e uma enextinguível ambição de ser o primeiro na rua a ter um Googlephone.
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