As pessoas estão interpretando o mundo sob sua própria ótica. Durante o dia recebemos, milhares de estímulos que nos levam a conceituar, classificar, julgar, avaliar, validar ou não uma situação de acordo com aquilo que acreditamos ser verdade, ou seja, vemos o mundo segundo nossa percepção do que é verdade, do que é certo. Vemos o mundo segundo nossa própria “lente”. Tendemos a condenar, repelir, repudiar tudo aquilo que acreditamos ser uma ameaça a nós, a nossa empresa, a nossa vida em comunidade ou ainda nossa vida profissional.
Acredito que o ser humano tem uma tendência forte a autopreservação, uma tendência a estar defendendo com unhas e dentes aquilo que lhe é de interesse, seja sua família, seus amigos, seu emprego, seus produtos, sua empresa. Até este ponto parece ser relativamente fácil concordar com minhas afirmações acima. No entanto, surge um questionamento: se temos todo este ímpeto para defender nossos interesses, qual o motivo de passarmos as vezes 6, 8, 10 horas trabalhando, longe das nossas famílias, ou ainda, realizando tarefas, convivendo com pessoas ou enfrentando situações que muitas vezes não gostamos ou nos deixam desmotivados, insatisfeitos, nos forçando a realizar nosso trabalho apenas por pura e simples obrigação? Será que compensa passar a vida reclamando, criticando outras pessoas (colegas, clientes, chefes)? Até que ponto cuidamos da nossa própria satisfação? Quanto tempo dedicamos a nossa realização pessoal e profissional? Quantos de nós para cinco minutos por semana para pensar no rumo a ser seguido na vida? Alguns podem achar que isto é utópico, pura fantasia, irrealista. Porém observem as pessoas de sucesso, cada uma delas trilhou um caminho diferente, mas todas têm em comum ao menos um ponto: um forte desejo ou aspiração ou ainda traçaram um rumo para a própria vida. Isto é, são apaixonadas pelo que fazem e buscam sempre serem melhores.
Porque seguir as pegadas deixadas por outras pessoas? Porque seguir o caminho que foi imposto pelas condições da vida? Porque aceitar isto? Quantas pessoas sonharam ser Técnicos de não sei o que. Assistente de sabe se lá o que. Quantos fizeram cursos superiores em áreas que não tinham afinidade, e justificam com a seguinte frase: “não era bem o que eu queria, mas um dia ainda faço aquele que quero”. Até onde me consta não existe uma lei ou regra que diga que devemos viver fazendo coisas das quais não teremos orgulho mais tarde? É possível sim fazer o próprio caminho. Se ele não existe, o que o impede de criá-lo?
Ah sim ... A vida não é bem assim não é? Somente posso argumentar que é lamentável, tem uma frase de Leon Tolstoi, que diz o seguinte: "Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para a fogueira.” E para complementar uma frase de Constantin Bracusi que diz que "As coisas não são difíceis de fazer, o difícil é nos dispormos a fazê-las."
Esqueça esta postura, para quem quer desculpas não vão faltar. Portanto, se você vê a vida com a lente dos derrotados, desanimados, daqueles que acham tudo tão difícil ... Comece a se preocupar, afinal vivemos do passado, ou seja, o que vivemos hoje em geral é conseqüência do que fizemos anteriormente. Você conhece alguém que conseguiu sucesso (e não estou falando necessariamente de dinheiro) reclamando, achando tudo difícil, criticando os outros? Pois bem, ser ou levar uma vida medíocre é uma questão de opção. No entanto, só pode se lamentar aquele que tentou de verdade, até o fim, aquele que deu o seu melhor. Não tenha a ilusão de ser perfeito, nunca atingiremos este status, no entanto, isto não deve lhe impedir de buscar ser perfeito. Você quer o que da sua vida? Como pretende ser lembrando?
Uma coisa é certa: você pode passar a vida chorando, ou pode passar a vida vendendo lenços.
A escolha é sua e de mais ninguém.
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